A rua envelhece tudo: lambe rasga, shape desgasta, mural desbota.
O que você acha que acontece com um sneaker quando ele “vira cidade”? Ele perde valor ou ganha história?
Pra mim ele ganha história. Quando o tênis entra na vida real ele marca o caminho de quem está usando. Amassa, suja e gasta, mas tudo isso mostra onde ele passou e o que viveu. Para revenda ele pode até perder valor, mas como história ele só cresce.
No skate, a trajetória do rolê é tão importante quanto a manobra.
Nos sneakers, o que pesa mais pra você: a narrativa oficial da marca ou a narrativa que as pessoas criam usando o tênis na vida real?
Com certeza a história que as pessoas criam. A marca fala uma coisa, mas quem define o rumo do tênis é a rua. Tem modelo que virou clássico porque ganhou espaço no baile, no dia a dia, na quebrada.

A estética urbana é feita de ruídos — glitch, sobreposição, erro, improviso.
Você enxerga algum lançamento recente que capture esse espírito do “acidente intencional”? O sneaker consegue dialogar com o erro?
Sim. Hoje tem muito modelo que vem com costura aparente, material misturado e cara de feito na mão, como os modelos da Nike em parecia com a Off-White. Parece bagunça, mas conta uma história.
Tênis hoje é símbolo, identidade, pertencimento.
Na sua opinião, o que faz um sneaker ultrapassar o status de produto e se tornar parte da cultura — assim como um lambe-lambe se torna voz da rua?
O jeito que as pessoas adotam ele. Quando um tênis vira símbolo de um grupo, de uma época ou de um sonho ele já virou cultura. Nem precisa ser hypado. Basta marcar uma geração e fazer parte da vida de muita gente.

A cidade é um museu vivo onde todo mundo deixa um rastro: uma marca no chão, um sticker no poste, um desgaste no solado.
Que marcas você acha que os sneakers deixam na cultura urbana — e que marcas a cultura urbana deixa neles?
Os sneakers influenciam o estilo, a forma de se vestir e a de mostrar a identidade. E a cidade devolve no desgaste, na sujeira e na sola gasta. Isso vira linguagem e mostra como o tênis viveu cada momento no pé de quem usa.
@culturasnkrs
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