O que te fez sair de Americana e encarar São Paulo como palco pra tua caminhada na música?

Irmão, eu queria ter a possibilidade de viver de música e naquele momento em Americana era muito complicado, as coisas aconteciam mais aqui em São Paulo. Eu venho pra cá no começo dos anos 2000, e desde então fui criando uma rede de contatos pra q isso acontecesse. 

A parada de fato começa a rolar quando eu entro pra trampar na HBB Records em 2013 (acho), ali eu vi que essa rede de contatos que eu vinha fazendo já era grande e que eu já vivia o meu sonho. 

Tocando no Medulla eu vivi muita coisa foda, grandes shows fora do BR, tocamos em festivais gigantes por aqui, como Lollapalooza, Primavera Sounds, Bananada, DoSol… dentro do Medulla eu assei a me interessar mais pela parte de produção musical, fui estudar isso e comecei tb a fazer o meu nome como produtor. 

Hoje assino produções com grandes artistas, FBC, DonL, Felipe Flip, Mc Lipi, Vitão, Jup do Bairro, Mia Badgyal, Stella Yeshua, Elana Dara. Com a Elena tb tive o desafio de dirigir uma tour muito legal com o Coldplay. Assino tb a direção musical do Fat Family canta Tim Maia, junto do Moi Guimarães e Dinho… tenho indicações ao Latin Grammy, toquei em lugares que eu sonhava 

Fiz muita coisa nesses anos de musica, tive uma das maiores agencias de MKT pra musica, trabalhei com mais de 300 artistas, desde sertanejo samba, ate os gêneros que eu mais tinha contato, isso me possibilitou a andar pelo universo total da musica, sinto que tenho um respeito muito massa dentro de cada gênero e isso é muito difícil aqui no BR.

Eu trabalho hoje com Rap, Samba, Funk e vejo que é fruto de tudo que eu vinha fazendo, sempre com muita vontade e humildade pra saber e entender os espaços. Me sinto honrado demais de ter a possibilidade de viver o meu sonho, nunca esquecendo de onde eu sai, do underground onde eu aprendi tudo que levo ate hj.

Viver de música na cidade é quase um ato de resistência — o que te mantém firme nesse corre criativo?

Ainda é o meu sonho junto da vontade de fazer coisas, eu sou apaixonado por arte num todo, a musica é o que me dá tudo.

O som que você produz hoje tem muita textura, ruído, camadas — o que é “barulho” pra você dentro da tua arte?

Ruidos e barulhos tb são musica né hahahaha com certeza sim, uso muito como efeito, texturas… a minha base e formação musical vem dai né, eu nunca perdi isso.

Como a cidade, o caos e o cotidiano urbano entram nas tuas produções? tem algo da rua que o estúdio não consegue capturar?

Sou apaixonado por SP, tenho meu ritual de andar pela cidade pra me dar ideia quando estou produzindo algo. Sempre faço uns roles de bike estudando tudo e aqui é um pack gigantesco de noise. O comportamento das pessoas, como elas se vestem, como é a rotina das pessoas, isso me ajuda muito no processo.

No universo da Noise, autenticidade é tudo — como você mantém a tua verdade num mercado que tenta padronizar o som?

Ótima pergunta!

Por anos o mercado musical vem criando padrões, no BR principalmente é bem agressivo isso, mas sinto que hoje quanto mais original vc é dentro das suas “bolhas” mais destaque vc pode ter e isso faz com que a sua autenticidade ganhe um lugar.

Eu acredito que nesse tempo todo eu fiz o que foi a minha verdade, as vezes dosando ela mas nunca deixe ela pra trás e é por isso que hoje eu vivo um momento muito especial dentro desse marcado padronizado. Se você pegar qq musica que eu produzi, seja para o Fat Family ou para o GUS que é mais dentro do universo onde eu cresci tem a minha verdade. A gente cresceu colocando isso pro mundo né Dani, é o que nos destaca e é muito difícil ela não gritar alto em tudo que a gente faz.

@eututi

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