A Noise Propaganda nasce da rua — do som, da interferência, do improviso.
Mas também nasce das minhas referências e do que me formou como artista: o skate, o hardcore e a OBEY.

Esses três universos sempre me ensinaram algo em comum — independência, atitude e fazer acontecer com o que se tem.
O skate me mostrou a liberdade de errar e tentar de novo.
O hardcore me ensinou que barulho também é expressão.
E a OBEY, através do trabalho do Shepard Fairey, me fez entender que a arte pode ser resistência, comunicação e identidade ao mesmo tempo.

O filme OBEY THE GIANT mostra exatamente isso: um estudante colando um adesivo e mudando o jeito como o mundo olha para o espaço público.
O gesto do Shepard — imprimir, sair pra rua e colar — é o puro espírito faça-você-mesmo.
É o mesmo impulso que me move na arte e agora dentro da Noise: transformar a ideia em ação, o ruído em imagem, a cidade em suporte.

A OBEY nunca foi só uma marca.
Foi (e é) uma forma de dizer algo sem pedir permissão.
A Noise Propaganda nasce dessa mesma urgência — de fazer arte com o que existe, de imprimir na parede o que o corpo sente, de provocar ruído onde só havia silêncio.

Assim como a OBEY, a Noise é uma mistura de arte, atitude e resistência.
Um lembrete de que vestir é também comunicar —
e que o design pode ser uma arma tão poderosa quanto o som de uma banda punk, o deslize de um shape no asfalto ou a tinta de um stencil.

A rua é a galeria. O barulho é a linguagem.

1. VISTA O RUÍDO 

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